sábado, 10 de outubro de 2009

Branco infinito


Tenho acordado diferente nos últimos dias, não tenho falado muito, ultimamente as palavras soltas e vazias têm me incomodado. Às vezes gostaria de poder criar membranas sob a boca e os ouvidos para não ter que ouvir nada, de ninguém... e ficar só com o silêncio da "minhalma", que ecoa os piores medos e os infelizes sonhos que tentam emergir do lado mais sombrio. Sensação estranha, que espreme o peito e o ar sai apertado, fazendo o coração bater mais forte. Sonho com uma piscina branca num lugar branco transbordando de penas brancas, e de costas com os braços abertos, do trampolim eu me atiro, e o chão nunca chega, as penas voam e lentamente vão se unindo ao branco da tinta e começam a desaparecer lentamente, como se fosse mágica... e eu fico lá, no fundo branco do infinito, com as pupilas dilatadas e com os os braços estirados e fundidos junto ao piso de marfim...

3 comentários:

  1. Legal o post. Na verdade todos temos dias assim, que se pudéssemos calávamos o mundo, surdávamos o mundo. Mas não podemos, então nos calamos e escutamos mesmo sem querer a dor que a gente mesmo sente. Ou a dor que a gente vai sentir.
    =*

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  2. tenho acordado igual tu, vivido igual tu.No mais, sentido igual ou até como tu.Lindo texto, pena que seja por inteiro tão melancólico.que seja, então.ter esses momentos, muitas vezes, vale a pena.
    Flores

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  3. Não sei tu, mas eu gosto desses dias...
    Consigo olhar pra dentro e ficar a sós comigo, e ainda assim não me sentir só.

    p.s.:Gostei daqui, voltarei^^'

    Bjs Doces=*

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