quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ahhh Paris!

Um dia depois de deixar Paris e somente uma palavra me vem: Saudade!
Para uma viajante solitária de primeira viagem, Paris me recebeu de braços abertos. Confesso que a recepção agradável dos franceses me surpreendeu. Toda a educação e tecnologia misturada com o charme das antigas contruções da cidade Luz. É comum em todo momento encontrar pessoas lendo livros, escrevendo ou deitadas pelos jardins e museus desenhando as estátuas e pinturas famosas.

É uma cidade que transpira cultura! A miscigenação me impressionou de início, mas logo me depois me acostumei com as ciganas árabes e africanas com suas vestes coloridas! Em Paris você pode fazer tudo sozinho, é o que me parece. Os cachorros são sempre bem vindos e as pessoas estão sempre bem arrumadas. E com pressa, sempre com pressa. É facil sair correndo de manhã e passar numa boulangerie para comprar um croissant ou um pain au chocolat e receber um Bonjouuur tão sonoro que você retribui da mesma forma.



O metrô é uma revista gigante cheia de seus anúncios coloridos e artistas tocando sax.  E apesar de durante a noite os bares estarem sempre cheios, não se engane, lá não é o RJ! O frio corta os lábios e as 17h te faz lembrar que esqueceu suas luvas e que poderia ter saido de casa com um cachecol mais grosso.
Às margens do Sena, você tem sempre uma inspiração. A vontade que dá é de sair escrevendo e cantarolar músicas bobas. Ou então ficar lá olhando os namorados brigando e minutos depois fazendo as pazes.... ahhh esses românticos parisiences!

E se ainda tiver sorte, pode ver noivos fazendo as fotos para seu álbum de casamento!


Depois de andar muito e olhar todas aquelas bolsas e sapatos caríssimos, um chocolate quente na Ladurée da Champs-Élysées conforma e esquenta qualquer coração mais agitado.


Castelos, museus, centros culturais, cafés, apresentações e Paris não pára. Se você não parar, tem coisa para fazer 24h! Mas lá pelas tantas da noite quando decide ir ao famoso bairro Saint-Michel, você percebe que seus pés merecem um descanso! 
Descobri  que sempre vou precisar estudar mais a língua francesa e seus menus rs Pedir um prato achando que era outro só não perdeu aa graça porque era tudo sempre delicioso!

 Descobri também que o nome Petit Gateau só existe no Brasil porque lá, aquele bolinho dos deuses se chama Cour au Chocolat; eles não tem o costume de comer as alcaparras como aqui no Brasil, eles só as colocam para aromatizar as comidas (descobri isso quando um  garçom abusado perguntou porque eu havia comido as alcaparras do prato  rsrs).

No mais, vou sentir falta da Paris com luzes amareladas em seus lampiões antigos, dos pseudo-artistas sentados em círculos nos jardins recitando seus poemas, de me sentar sozinha em qualquer lugar sem que as pessoas me olhem de um modo estranho, dos inúmeros corvos que me fizeram lembrar histórias de reis e rainhas, do croque-monsieur e de me reunir em jantares nas casas dos meus amigos.



Do Pigalle com seu neon colorindo as ruas e com uma galera com estilo mais alternativo e do meu local preferido: Place do Tertre - Montmartre, onde artistas de rua com suas boinas fazem pinturas lindas com estilos diferentes.



Enfim, de tudo que sempre achei de Paris, não vai chegar nem aos pés do que vi!

À bientôt Paris!



domingo, 15 de maio de 2011



Superficial: 1. Relativo à superfície; 2. Que está à superfície; 3. Fig. Não profundo; 4. Que não é sólido e bem fundado; 5. Falso; aparente; 6. Leve; exterior; leviano.


O quão sincero você é?

 
Olho através de grandes globos de espelhos e vejo imagens distorcidas de pessoas e palavras que não claras, são idóneas... O que se quer ouvir nem sempre é dito e quando é, beira a superficialidade que se associa a imagem do nosso "carioca malandro"... Não é difícil de achar, basta se olhar no espelho e se encarar. Nem os 700 amigos no seu Facebook ou os seus 300 seguidores no Twitter estão interessados em você, só na casca, só o que você oferece de superficial e que é atrativo aos olhos famintos da conveniência. Quantas vezes já não deu um bom dia desejando não ouvir a verdadeira resposta?
O nosso espelho está inverso e a superficialidade derrama sob nossos olhos cansados e aflitos como uma orquestra sem maestro. Este derradeiro gesto contemporâneo nos expõe como carnes em açougues de 5° categoria, onde só as moscas participam do banquete principal. De tudo se conhece pouco ou seria do pouco se conhece tudo? Numa conversa com pseudo-intelecutais se pode achar desde o que ja escalou os alpes suíços até os menos bravos que preferiram ler somente os 5 livros de teorias fundamentadas em Marketing em um só dia. Mas os mesmos são capazes de defender um lado político, de falar sobre direito penal e de dar palpites em bolsas de valores. O que se sabe? O que se oferece além do achismo? Seria presunçoso demais admitir que a superficialidade se tornou algo tão íntimo que nos faz falta? Ou o que faz falta é o verdadeiro? Tantas capas, tantas defesas de nós mesmos que é impossível voltar atrás sem se machucar, tornando algo impossível de ser mudado.
A realidade é dura e a inventamos todos os dias quando publicamos diariamente em nossos diários públicos como estamos bem, quando na verdade o coração sangra apertado em celas de espinhos. Fingir se tornou uma autocompensação de nossas vidas tão sem graça.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

E quem amou e quem chorou e quem sofreu? Desta vida, o que se leva?
Não é para todos levantar todos os dias cedo e ir comprar pães fresquinhos e o jornal antes do trabalho. Assim, a vida caminha, a cada esquina ou num pub a meia luz na Nossa Senhora. Entre dois goles de uma vodca existe uma linha tênue entre anestesiar e se deixar virar ao avesso. Assim começa toda uma boa amizade e um bom amor, daqueles que te liga para não falar nada. A outra metade do avesso é o porre e a cara amassada no lixo junto com a boa moral. E há quem diga que para curar ressaca moral, é só beber Coca Zero.
Um bom sexo nunca vem com um bom amor, assim como um bom Pinot Noir nunca vem com um bom prato. Mas se deixe levar. Ou deixe ir, para bem longe se for preciso. O vento no rosto dá sensação de liberdade, por isso, abrir a janela e bagunçar o cabelo é um tratamento revigorante e barato. Afinal, para que se trancar em consultórios bonitos quando se tem o mar para admirar. Sancas de gesso me lembram pálacios.
Sempre disse que o melhor remédio para remontar o coração é pintar um outro. Nem que seja no papel, todo torto e pintado de azul. Acordar abraçado é bom, acordar todos os dias assim é complicado. Sei de alguém que vive só com as suas outras duas personalidades e se diz satisfeito!
Desamar é melhor que se anular. Conheci alguém que sempre comeu uvas pretas durante seus exatos 25 anos. Há dois só come uva verde e sem caroço porque o marido gosta. Há, ele também gosta de cuecas na cor xadrez e de controles remotos (falo mesmo!).
O encantamento se escondeu por trás do brilho dos olhos, mas ele ainda existe, está lá e ainda vai reaparecer por muitas vezes por mais que achemos o contrário.




Sejamos justos: Amar e desamar é para os fortes.