sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Para quem acha que as cores estão fora de moda e que tomar aquele sorvete com duas bolas “caprichadas” é coisa de criança, não sabe o que está perdendo. Andar de patins na orla, patinar no gelo no meio do shopping Downtown até altas horas da madrugada, sair de lá e ir comer no Burguer King só para ganhar a coroa dourada de papel e tirar as fotos mais engraçadas. E quando a disputa vira quase uma luta de heróis vampirescos contra lobos na compra dos ingressos do filme mais disputado pelos adolescentes (leve em consideração que a sua idade é no mínimo 10 anos a mais rs)? Isso é coisa de criança também? Pedir o “tal” copo dos heróis que estão na moda quando for ver o filme, ficar falando gracinhas dentro do cinema, sair de lá e ir ao japonês só para comer o hot, ir à praia e se tornar um consumidor compulsivo daqueles que não podem ver um açaí, uma saladinha de frutas, um brinco, um biscoito Globo e só mais uma empadinha praiana, beber e se tornar comediante, dar um tibuuuuuuum daqueles na piscina, pegar um jacaré nas ondas, usar chinelos coloridos e amar a festa Ploc 80, se acabar dançando: “menina musa do verão, você conquistou o meu cora...”, se acabar com as plumas e os óculos de paetês que estão na moda em todos os aniversários, ter roupa de dormir de bichinhos, amar ver uma comédia, se reunir com os amigos sempre que pode para fazer sempre a mesma coisa... Enfim, se você ainda acha tudo isso fora de moda e coisa de criança, talvez você precise se tratar... A idade não é o limite, praticar um sorriso já é um bom começo! Seja feliz!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sempre o mar...


Há tempos que não via a imensidão azul turquesa fundindo-se com o infinito. Sempre achei que o ponto onde eu deixava de enxergar, era onde se formava um grande abismo com cachoeiras inenarráveis de águas pesadas tentando encontrar um fundo que não existia. Por um momento esqueci-me de toda a confusão, das crianças tentando montar seus castelos de areia, vendedores e o labirinto de cadeiras, cangas e guarda-sol que se formavam na minha frente, na praia do Recreio dos Bandeirantes. A imagem valia mais do que tudo. Nem a areia escaldante conseguiu tirar toda a paz que o barulho do mar fazia – e não precisava estar com o ouvido grudado em nenhuma concha para ouvi-lo. O sol parecia dançar com todo o calor que irradiava, formando desenhos graciosos para quem quisesse ver.
Me livrei das roupas e fui logo descobrindo trilhas por entre as pessoas para chegar perto do mar. Corpo quente. Primeiro veio a sensação do choque, depois se tornou um frio suportável, ate que mergulhei por inteiro e foi como se meu corpo tivesse ficado anestesiado. Se fosse doente, poderia ate achar que alguém havia aplicado morfina; se fosse hipnose, poderia ter sido um transe profundo; mas para falar a verdade, mas pareciam formigas andando por todo o corpo, e o mais estranho: a sensação era boa. E por longos minutos deixei que as ondas, com sua divina maestria me guiasse ou simplesmente me acalantasse no seu balanço de ninar. Quando sai do mar, foi como se tivesse mergulhado pela primeira vez – logo eu, que vou à praia desde neném. Mas essa sensação de renovação eu não quero deixar de sentir nunca... esse è o sentido da vida.