domingo, 15 de maio de 2011



Superficial: 1. Relativo à superfície; 2. Que está à superfície; 3. Fig. Não profundo; 4. Que não é sólido e bem fundado; 5. Falso; aparente; 6. Leve; exterior; leviano.


O quão sincero você é?

 
Olho através de grandes globos de espelhos e vejo imagens distorcidas de pessoas e palavras que não claras, são idóneas... O que se quer ouvir nem sempre é dito e quando é, beira a superficialidade que se associa a imagem do nosso "carioca malandro"... Não é difícil de achar, basta se olhar no espelho e se encarar. Nem os 700 amigos no seu Facebook ou os seus 300 seguidores no Twitter estão interessados em você, só na casca, só o que você oferece de superficial e que é atrativo aos olhos famintos da conveniência. Quantas vezes já não deu um bom dia desejando não ouvir a verdadeira resposta?
O nosso espelho está inverso e a superficialidade derrama sob nossos olhos cansados e aflitos como uma orquestra sem maestro. Este derradeiro gesto contemporâneo nos expõe como carnes em açougues de 5° categoria, onde só as moscas participam do banquete principal. De tudo se conhece pouco ou seria do pouco se conhece tudo? Numa conversa com pseudo-intelecutais se pode achar desde o que ja escalou os alpes suíços até os menos bravos que preferiram ler somente os 5 livros de teorias fundamentadas em Marketing em um só dia. Mas os mesmos são capazes de defender um lado político, de falar sobre direito penal e de dar palpites em bolsas de valores. O que se sabe? O que se oferece além do achismo? Seria presunçoso demais admitir que a superficialidade se tornou algo tão íntimo que nos faz falta? Ou o que faz falta é o verdadeiro? Tantas capas, tantas defesas de nós mesmos que é impossível voltar atrás sem se machucar, tornando algo impossível de ser mudado.
A realidade é dura e a inventamos todos os dias quando publicamos diariamente em nossos diários públicos como estamos bem, quando na verdade o coração sangra apertado em celas de espinhos. Fingir se tornou uma autocompensação de nossas vidas tão sem graça.

6 comentários:

  1. Se fingir se tornou uma autocompensação de nossas vidas tão sem graça, então estamos vivendo a beira do abismo há tempos.Somos fruto de uma sociedade hipócrita, que nos oprime, nos esgota em nossa ânsia de querer mais, de olhar sempre como a grama do vizinho está verde... Cada um se esconde no perfil que lhe é conveniente, na verdade que gostaria de ter, de ser...estamos todos presos dentro de si mesmos. A "verdade camuflada" não é para os outros, mas para nós mesmos. Ver a verdade em nós dói, machuca, mas é o caminho pra sermos mais honestos conosco e com o mundo. Sem mais, nem menos... só nós mesmos!!! Daí, se isso satisfaz ao outro, se agrada...é consequência. Todos queremos a aceitação, o aval alheio... mas precisamos avaliar "de quem" isso vai realmente fazer a diferença em nós, em nossa vida e nos fazer pessoas melhores...

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  2. O nosso espelho são os outros,isso atormenta e nos obriga a vestir personagens,felizes os que conseguem se despir e deixar a mostra sua essência.

    Beijos =**

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  3. É isso! É isso que eu queria falar!
    Onde assino?


    Essa felicidade e intimidade inventada que vida online está criando assusta e confunde também.

    Beijo!
    Beijo!

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  4. Nada mais irritante que os especialista em quase tudo!

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  5. Também estou cansada de superficialidade.
    Parece que a palavra do momento é veleidade.
    E iso ansa demais. Irrita demais.
    Beijos.

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  6. Suzana, some não!

    esse teu canto tá paradão..sinto falta, pode?
    Flores!

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