quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Crise dos 20?

Já tentei me definir de várias formas, arrisquei, improvisei, mas nada que se comparasse a toda complexidade e vulnerabilidade que existe em meu ser, que ora se aflora de uma forma mais serena, outrora se evolui para uma personalidade difícil de lidar. De tudo que já passei, não sei se aprendi com os erros, mas hoje sei que opiniões mudam de acordo com a idade e que perdoar se torna um ato constante na vida de todos. Sempre escrevi com a alma, nem sempre passei para o papel, e muitas vezes, ficou gravado somente no coração. Conto com amores escolhidos de pessoas tão diferentes, que às vezes, me surpreendo como nossas personalidades tão distintas se combinam tanto. E se é verdade que os opostos se atraem, eu não sei. Mas sei que se mesmos os dispostos se distraem, tudo é possível de acontecer. Não gosto de sentir a areia fugindo por entre meus dedos e nem de me privar de certos prazeres... A vida está cheia deles. Seja presenciar um entardecer alaranjado de inverno ou uma boa “noite carioca” com amigos. Para mim, tudo depende, tudo é uma variável. Depende do dia, da hora, de mim.
Posso gostar agora de salto e samba, mas queria voltar ao tempo e pintar o cabelo de verde como fiz numa época em que rasgava o uniforme do colégio para parecer mais trash. Num todo, acredito em destino mesmo, mas não caio na teoria de que tudo já está escrito. Acredito em tudo, até no que não vejo. Descobri que tristeza é algo que aperta o coração e faz a lágrima trilhar pelo rosto com deveras dor e que todo muito tem. Não sei bem se paixão é o nome do sentimento que tenho pelos animais, acho que é mais do que isso. Tenho me questionado sobre os sites de relacionamentos e continuo achando o Twitter algo extremamente louco e um tanto inútil, mas não consigo parar de usar. E se o mundo gira mesmo, eu sempre irei ficar com dúvida – mesmo sabendo de todas as provas científicas - pois é uma loucura eu não ver nada se mover. E tem mais, acho a gravidade sensacional! Com o tempo, estou aprendendo que as pessoas só estão preparadas para ouvir meias verdades e que nem sempre o humor tem a mesma graça se repetido mais de duas vezes. Para quem já colecionou e teve grudado na parede recortes de olhos e bocas de revistas e jornais, não espere nada convencional.
Tenho chorado vendo a novela, acho que isso já é um reflexo de que estou ficando velha, logo eu, que nunca fui emotiva. Tenho visto com freqüência filmes estrangeiros sem legendas para ver se entendo tudo e mesmo sem entender muitos deles, estou adorando esta nova prática – os atores precisam ser muito bons nas caras e bocas. Sempre acredito. Nas pessoas nem tanto, mas na positividade sim. Sempre tive uma caixa de fósforos e um canivete na gaveta do quarto achando que um dia fosse precisar. Até hoje nada. No mais é isso. Precisava falar um pouco de mim, fugir dos personagens que crio em minhas histórias. Personagens que são parte dos amores que tenho e dos que eu nunca vou ter.

E se alguém teve paciência de ler até o final, merci!

3 comentários:

  1. claro claro. Eu leria de novo só pra saber qual que é.Menina, de 2.0 aprendendo a se libertar de personagens, sendo e sendo somente.É difícil, hein...eu n sei, mas gostei disso que confessaste ai ai. Como será no 3.0? e em diante?..

    Flores

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  2. Amiga, agora entendi o dia que eu vi o seu lençol furado...você usou o fóforo rs

    Sua trash ahah te amoooo minha amiga que escreve bem rs


    Ob.s: add o meu blog novo..


    beijokas, Karina

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  3. POIS EH, COMO EU LHE DISSE ANTES, VC É MUITO TALENTOSA MINHA QUERIDA AMIGA ... NÃO VOU ME SURPREENDER SE MAIS TARDE VC VIR A ESCREVER UM LIVRO, POIS SEM DÚVIDA VC TEM MUITO E BOM CONTEÚDO DENTRO DE TI, E NÓS SOMOS PRIVILEGIADOS EM PODER PARTICIPAR DISSO.

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